AGRADEÇO:
A Deus,
Meu pai oniprecavido,
Que nunca me deixou agarrá-lo,
Sacudi-lo pelo colarinho,
Esbofeteá-lo com os meus desesperos,
Como inúmeras vezes pensei desejar,
Mas que apesar de muito bem camuflado,
Jamais deixou também de erigir as “pinguelas”
Nos mais tenebrosos abismos
Que eu precisava transpor...
E que num belo dia em que nem lembro qual,
Antes que eu desistisse da “brincadeira”,
Mostrou-me, em seco recado,
Que mesmo empurrado pra fora,
Calado,
Despido da minha gratidão...
Ainda permanecia dentro de mim.
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