CAMINHADA (G) = 1970
Misturo a chuva que me alisa o corpo
Com a alegria dos meus olhos;
Choro de felicidade
E acho a minha fome tão normal,
E só esquento a cabeça
Com razão de ser.
Estou na caminhada histórica
De uma geração do amor,
Me aqueço na lembrança
De quem me fraternizou
Eu sigo minha juventude
E tenho muito amor pra dar
Espero, nessa chuva,
Ter carinho pra me agasalhar.
Está na hora de mudar
Os rumos da razão,
Está no tempo de mudar
O mundo para melhor
Como é grande o batalhão de pessoas coisificadas
É preciso respeitar a vida, pelo amor de Deus!
Uma nação não se faz forte
Pelo sangue do seu povo;
Uma criança não agita bandeiras
Sem rumo e sem chão! (bis)
Já não podemos ver
O sangue humano que esvaiu;
Já não podemos ter os sonhos
Que a bomba estilhaçou
E nem beijar sorrindo
As frias pedras lapidais.
Preciso ser ao menos uma vela acesa
Nesta terra cheia de lâmpadas apagadas.
Nos peitos envaidecidos
De estrelinhas desbotadas,
Sanguinolentas, odiadas,
Trambolhatos de metal.
Do brilho desses astros colossais
Brilham trevas sem final
Pulso forte dos terríveis homens
De mil novecentos e tal.
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(Letra de canção - Mailton Rangel)
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